Artista de férias é sinônimo de possibilidades para novos programas junto à grade de programação diária da Rede Globo. Afinal para tirar alguém do ar na Globo é um parto, pois tem que envolver muitos egos inchados e pisar em diversos calos; acaba por falar mais alto a política e não a satisfação do público, deixando de lado até mesmo a audiência.
Prova disso é a série Lost. Sucesso absoluto nos EUA, em diversos outros países, e na TV por assinatura brasileira, onde é exibida pelo canal AXN (Sony Pictures), ao ser transmitida pela Rede Globo não teve outra opção senão o horário da madrugada, após o Jornal da Globo, sendo exibida, muitas vezes após a 0:30. Ou seja, uma série capaz de atrair um grande público se exibida num horário nobre, acaba por ficar isolada num horário em que a maioria dos bons cidadãos trabalhadores estão descansando, se preparando para mais uma jornada de trabalho no dia seguinte.
É realmente decepcionante ver tamanha qualidade desperdiçada num horário tão pouco atrativo como a madrugada, principalmente considerando que o início da série coincide com o início das aulas para diversos jovens, que poderiam ser parte do público alvo de uma série desta qualidade.
O mesmo acontece com a ótima série 24 Horas, exibida no Brasil pela Fox e pela Rede Globo, outro grande sucesso mundial, isolada na madrugada por motivos claramente políticos dentro da emissora.
As emissoras de TV aberta no Brasil precisam se modernizar. Enquanto as operadoras de TV por assinatura não se preocuparem com uma fatia maior da população, a maioria vai ter que se contentar com o que é oferecido de graça pela transmissão das emissoras abertas. E enquanto isso a qualidade e o respeito vai caindo vertiginosamente.
Os efeitos da falta de concorrência são sentidos em todas as emissoras. Há dois anos, quando a Rede Globo passou o primeiro episódio da série 24 Horas, os dois primeiros capítulos foram condensados em um único capítulo de 1 hora, o que é um absurdo desmedido, considerando que a proposta da série é uma hora de história para uma hora de série.
Outro exemplo é a postura da TV Band ao simplesmente remover de sua grade de programação a reprise do último capítulo da minissérie Taken, um abuso perante uma legião de espectadores que acompanharam toda a série através das reprises de sábado, e de repente não puderam assistir o último capítulo por motivos até hoje não esclarecidos. O silêncio da emissora só nos faz crer que os motivos foram políticos, uma vez que a minissérie foi substituida por um músico apadrinhado por um influente apresentador hoje contratado da TV Band.
É preciso cobrar mais postura das emissoras de TV aberta para evitar este tipo de ditadura da porcaria e da falta de respeito. É preciso cobrar horários rígidos e fixos, para que possamos nos programar para assistir nosso programas nos horários escolhidos e anúnciados, e não a enganação que cerca a todos não deixando saída senão engolir todo esta falta de respeito e indiferença só por que não cobram um tostão dos espectadores.
RESPEITO
Fonte: Doses Diárias
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